Família de adolescente desaparecida questiona identidade de corpo encontrado em fossa em Maceió
07/05/2025 08:54 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

A angústia da família de Ana Beatriz, a adolescente de 15 anos desaparecida desde abril, ganhou um novo e perturbador capítulo com a descoberta de um corpo em avançado estado de decomposição em uma fossa localizada em Guaxuma, Maceió. No entanto, a identificação do cadáver tem sido um desafio, levantando questionamentos por parte dos familiares sobre se os restos mortais pertencem realmente à jovem.
Devido ao estado de decomposição, a identificação visual, por meio de digitais ou cicatrizes, não foi possível. Um detalhe crucial, no entanto, lançou ainda mais incerteza sobre a identidade do corpo: a arcada dentária apresentava um dente escurecido, uma característica que, segundo a família, Ana Beatriz não possuía.
Diante da impossibilidade de identificação imediata, o corpo foi encaminhado ao Instituto de Criminalística (IC) para a realização de exames de DNA. A previsão é de que o laudo com o resultado genético seja divulgado em aproximadamente 15 dias, um período de espera angustiante para a família da adolescente.
As autoridades policiais também investigam a causa da morte. Uma das linhas de investigação aponta para a possibilidade de envenenamento, já que não foram encontrados sinais de violência no corpo. A localização do cadáver em um ambiente propício à saponificação, processo químico que transforma a gordura corporal em uma substância semelhante a sabão, dificultou ainda mais a identificação e a determinação da causa da morte.
Em um ato de cautela e na busca por respostas definitivas, a família de Ana Beatriz optou por não liberar o corpo encontrado até que a confirmação genética seja concluída. A decisão reflete a incerteza e a esperança de que o corpo encontrado não seja o da adolescente desaparecida.