Caso Ana Beatriz: PC trabalha com hipótese de morte de adolescente desaparecida após sair do Ifal em Maceió
30/04/2025 13:33 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) revelou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30), que trabalha com a hipótese de que a adolescente Ana Beatriz, de 15 anos, possa estar morta. A jovem está desaparecida desde que foi vista pela última vez ao deixar o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió. Um homem já foi preso como principal suspeito de envolvimento no seu desaparecimento, após informações indicarem que ela deixou a instituição na garupa de um motociclista por aplicativo.
A delegada Talita Aquino, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Criança e Adolescente (DCCCA), que integra a comissão especial formada para investigar o caso, declarou que há a possibilidade de Ana Beatriz ter sido vítima de homicídio.
Desde o desaparecimento da adolescente, a Polícia Civil tem realizado diversas buscas com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e da Polícia Militar (PM). A delegada Aquino afirmou que novas buscas serão realizadas conforme novas informações cheguem à polícia.
A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para a participação do homem preso no desaparecimento de Ana Beatriz, embora a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas não esteja descartada.
A esposa do suspeito também está sendo investigada, apesar de, segundo a polícia, não haver motivos concretos para indiciá-la até o momento. A comissão também apura informações sobre supostas ameaças que a vítima teria recebido antes de desaparecer.
“Ouvimos falar das ameaças, mas nada de concreto. A única mulher que teria algum motivo para a polícia fazer diligência seria a esposa do suspeito, mas até agora não temos indícios fortes de que ela seja suspeita de algo ilícito contra Ana Beatriz”, explicou a delegada Talita Aquino. Ela também mencionou a investigação de um possível relacionamento extraconjugal entre o suspeito e a vítima, e a análise de um possível desentendimento caso a esposa descobrisse, ressaltando que ainda não se pode afirmar o envolvimento dela no desaparecimento.
A delegada Aquino enfatizou o trabalho contínuo da Polícia Civil desde o desaparecimento da adolescente. “Nós vamos nos reunir para compartilhar detalhes do caso e definir os próximos passos da investigação. Mas quero deixar claro que sempre houve um trabalho em conjunto de todas as unidades da PC, embora não tenha sido criada a comissão, mas desde o início a Delegacia de Homicídio está nos apoiando nas diligências e o que está acontecendo é uma formalização de todo esse apoio”, esclareceu.