Secretário de segurança de Alagoas critica exploração política do caso Ana Beatriz: “Transformaram tragédia em palanque”
16/04/2025 07:56 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

O secretário de Segurança Pública de Alagoas, delegado Flávio Saraiva, fez um duro desabafo nas redes sociais nesta semana, criticando duramente parlamentares que, segundo ele, tentaram explorar politicamente a comoção gerada pelo caso da bebê Ana Beatriz. A criança foi encontrada morta após dias de buscas e investigações que culminaram na confissão da própria mãe, Eduarda Silva de Oliveira, como autora do crime.
Sem citar nomes, o secretário deixou claro que o recado tinha endereço certo. Ele apontou que, enquanto as forças de segurança estavam concentradas na apuração técnica dos fatos, alguns políticos tentaram usar a tragédia como oportunidade para ataques ao governo e às corporações de segurança. “É lamentável ver que, enquanto nossos agentes estavam concentrados em esclarecer os fatos, alguns parlamentares tentaram transformar uma tragédia em palanque, jogando a população contra as polícias, bombeiros e o governo”, escreveu Saraiva em uma publicação no Instagram.
O titular da pasta também criticou o comportamento recorrente de políticos que, segundo ele, se elegeram com apoio das estruturas de segurança pública, mas agora se voltam contra as corporações, questionando dados oficiais e minando a credibilidade do trabalho policial. “Quem se diz defensor da segurança precisa, no mínimo, respeitar o trabalho de quem arrisca a vida todos os dias para proteger a população”, pontuou.
Saraiva reforçou o compromisso da Secretaria de Segurança Pública com a técnica, a inteligência e a responsabilidade na condução das investigações. Ele destacou que, apesar das pressões e tentativas de distorção dos fatos, a verdade prevaleceu graças à atuação profissional da Polícia Civil. “A verdade veio à tona. A mãe confessou o crime. E mais uma vez, a investigação séria da nossa Polícia Civil revelou os fatos”, afirmou.
A publicação foi encerrada com um apelo à responsabilidade e ao respeito no trato com tragédias familiares. “A dor de uma família não pode ser explorada por vaidade política”, finalizou o secretário.