Protesto em Maceió defende pintor condenado por estupro de vulnerável
04/06/2025 13:46 | Texto de:

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Na tarde desta quarta-feira (4), familiares de um pintor de 43 anos, condenado a 25 anos de prisão por estupro de vulnerável contra sua filha, promoveram um protesto que bloqueou a AL-101 Norte, na Garça Torta, em Máceió. Eles alegam que o homem é inocente e que a denúncia, feita pela vítima quando tinha entre 12 e 14 anos, foi uma retaliação por ela não ter permissão para sair de casa e morar com o namorado.
A mãe da vítima, que não quis se identificar, defendeu o condenado, afirmando que não há evidências do crime. “Ele não fez isso. Ela inventou a história para sair de casa e viver com o namorado. Foi a palavra dela contra a dele, sem exames ou provas”, declarou. Ela descreveu o marido como “tranquilo, trabalhador, bom pai e marido”, sem qualquer envolvimento prévio com a polícia.
A irmã mais velha da vítima, criada pelo acusado, também negou as acusações. “Ela mentiu, acusou ele de algo que nunca aconteceu. Somos quatro em casa, ela nunca ficava sozinha com ele, dormia comigo e minhas irmãs. Meu pai trabalhava o dia todo. Isso é impossível. Ele me criou, eu dou minha vida por ele”, afirmou.
A prisão
A prisão foi realizada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), por meio da Seção de Capturas, sob a coordenação da delegada Maria Eduarda. O mandado foi cumprido com base na sentença condenatória pelo crime de estupro de vulnerável, e o homem foi preso no bairro Riacho Doce, em Maceió.
Conforme a denúncia, os abusos começaram em 2019, quando a vítima tinha 12 anos, e se estenderam até os 14 anos. A vítima relatou que o pai a abusava sexualmente em casa, de duas a três vezes por semana, quando estavam sozinhos, obrigando-a a tirar a roupa para tocar suas partes íntimas e beijá-la.
A condenação, baseada no depoimento da vítima, gerou revolta entre os familiares, que questionam a falta de provas materiais e mantêm a defesa da inocência do pintor.