OAB/AL adota medidas após prisão de advogado acusado de agredir companheira em Maceió
16/04/2025 09:27 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) se manifestou publicamente, na noite desta terça-feira (15), sobre a prisão do advogado e influenciador João Neto, acusado de agredir a companheira em um apartamento no bairro da Jatiúca, em Maceió. A instituição informou que já tomou as providências necessárias no âmbito ético-disciplinar e acionou a OAB da Bahia, onde o profissional possui inscrição originária, para que também adote medidas cautelares cabíveis.
De acordo com a nota oficial divulgada pela OAB/AL, o caso está sendo analisado pelo Tribunal de Ética da instituição. A entidade também reafirmou seu compromisso com a legalidade, a ética e a justiça, destacando que “não tolerará quaisquer desvios de conduta, sobretudo aqueles que tratem de violência contra as mulheres”.
“Ressalta-se que qualquer conduta que possa configurar inidoneidade moral ou crime infamante será devidamente apurada, com observância estrita do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório”, diz o comunicado.
O caso
João Neto foi preso na segunda-feira (14) após sua companheira denunciá-lo por agressão física. Segundo informações da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), a vítima relatou ter sido empurrada dentro do apartamento, o que a fez cair e bater o queixo no chão, resultando em um corte profundo.
Imagens de câmeras de segurança mostram a mulher ensanguentada caminhando pelos corredores do prédio, deixando um rastro de sangue. João Neto foi flagrado tentando limpar o rosto dela antes de ser localizado e preso pela polícia. A vítima foi socorrida e encaminhada para um hospital particular. O estado de saúde dela não foi divulgado.
Ainda conforme a polícia, a mulher relatou que esta não seria a primeira vez que teria sido agredida pelo companheiro. Após a prisão, João passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por crime de violência doméstica.
A repercussão do caso tem gerado indignação nas redes sociais e reações por parte de entidades de defesa dos direitos das mulheres. A OAB/AL encerrou sua nota reafirmando que a advocacia deve ser exercida com responsabilidade e respeito aos princípios constitucionais e humanos.