Lula ressalta que a única explicação para a fome é a irresponsabilidade de quem governa
16/10/2024 19:14 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta quarta-feira (16/10), em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação, iniciativas voltadas para garantir uma alimentação saudável e acessível a todos os brasileiros. Os programas têm como objetivo retirar o Brasil do Mapa da Fome e reforçar a soberania do país nesse aspecto, especialmente após a proposta de criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza durante o G20.
Em seu discurso, Lula começou relembrando o compromisso internacional que foi assumido, destacando que a fome representa "um desafio para o mundo". Ele afirmou: "Não há justificativa (para a fome), com os avanços tecnológicos e genéticos... Podemos produzir muito mais alimentos do que consumimos, e sabemos a quantidade de comida que se perde entre a produção e o consumo, em empresas e restaurantes. E mesmo assim, ficamos estarrecidos ao saber que 733 milhões de pessoas vão dormir todos os dias sem ter o que comer. Isso é incompreensível".
O presidente continuou: "Podemos apontar para a seca ou o excesso de chuvas, mas a verdadeira razão para a fome é a irresponsabilidade dos governantes. Precisamos tomar decisões. Não há outra opção para quem deseja governar um país do tamanho do Brasil senão priorizar o uso dos recursos financeiros".
Lula também criticou a maneira como se diferencia "gasto" de "investimento". Para ele, toda política social é frequentemente tratada como "gasto", o que não deveria ocorrer. Como exemplo, citou o Pé-de-Meia, conhecido como a "poupança do Ensino Médio", criado para incentivar os jovens a não abandonarem a escola e ajudarem nas finanças familiares.
"Estamos realizando um ato nobre. Acabar com a fome no Brasil e no mundo não deve ser motivo de orgulho; é uma obrigação moral, ética, política e até humanitária", defendeu o presidente. Ele ainda ressaltou que sua determinação em erradicar a fome é fruto de sua própria vivência e tem sido um dos focos de seus governos desde 2003.