Hospital Regional de Arapiraca nega negligência e classifica como “fatalidade rara” morte de bebê dois dias após o parto

17/05/2025 09:37 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, se pronunciou nesta sexta-feira (16) sobre uma denúncia de suposta negligência médica que teria resultado na morte de um recém-nascido dois dias após o parto. Em nota oficial, a unidade de saúde refutou as acusações e explicou que a morte do bebê foi consequência de uma rara complicação obstétrica, considerada imprevisível.

Segundo o hospital, a gestante chegou à maternidade em fase avançada de trabalho de parto, com dilatação quase completa, o que impossibilitou um acompanhamento prévio mais detalhado. Durante o período expulsivo, os profissionais identificaram que o cordão umbilical estava firmemente enrolado no punho esquerdo do bebê, dificultando sua saída e provocando complicações graves.

A equipe médica agiu imediatamente, realizando os procedimentos recomendados para o caso. O bebê foi reanimado com sucesso e encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI), mas não resistiu.

A direção do hospital classificou o caso como uma “fatalidade obstétrica rara e imprevisível” e destacou que “mesmo com os melhores recursos médicos disponíveis, o desfecho não poderia ter sido evitado”. Ainda segundo o comunicado, todas as condutas adotadas pela equipe estiveram de acordo com os protocolos clínicos e as melhores práticas assistenciais.

O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho afirmou também que realiza mais de 3.500 partos por ano, com altos índices de segurança e resolutividade, sendo referência em urgência e emergência obstétrica na região.

Por fim, a nota lamentou a repercussão negativa do caso na mídia e a exposição de um episódio clínico sensível, alegando que esse tipo de divulgação, “sem o devido respaldo técnico”, contribui para desinformar a população e desvalorizar o trabalho dos profissionais de saúde.

A Direção Geral reafirmou o compromisso da instituição com uma assistência “segura, humanizada e pautada pelos mais altos padrões da medicina baseada em evidências”. O caso segue gerando repercussão nas redes sociais, e a família da gestante ainda não se pronunciou publicamente.