‘Ele sempre foi agressivo’: filho de sargento morto relata violência constante de major que matou pai e filho
09/06/2025 09:59 | Texto de:

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Em meio à tragédia que tirou a vida de seu pai, Arrison Luan Galvão, filho do sargento aposentado da Polícia Militar Altamir Moura Galvão de Lima, de 61 anos, compartilhou com a TV Pajuçara suas memórias e reflexões sobre o cunhado Pedro Silva, de 58 anos — o autor do crime. Arrison descreveu um histórico de violência que acompanhou Pedro ao longo de toda a vida, desde os tempos em que morava em Palmeira dos Índios.
“Eu queria que algum profissional explicasse se existe um surto psicótico que dure 50 anos, porque a agressividade dele sempre esteve lá. Ele batia na esposa, já chegou a cortar o cabelo dela em público… Teve uma vez que até atirou na perna dela”, revelou Arrison, referindo-se ao comportamento de Pedro, que se estendeu por décadas, desde o namoro até os casamentos.
No sábado fatídico (7), Pedro chegou à residência da família depois que alguém foi buscar seus filhos, de três e dez anos, e o trouxe de volta com as crianças. Arrison contou que seu pai, mesmo sendo um homem que evitava conflitos, não via com bons olhos a presença de Pedro na casa. “Meu pai tentou proteger a família e evitar o pior. Ele dizia: ‘Não faça isso, não faça isso’, mas Pedro já tinha tudo planejado”, lamentou.
Arrison ainda relembrou o momento de tensão vivido pelas mulheres da família. Sua mãe e a tia correram para um quarto e se trancaram, tentando se proteger. Mas Pedro, determinado a entrar, tentou arrombar a janela. Usando as crianças como ferramenta de chantagem, ele chegou a cortar o cabelo dos meninos e ferir o próprio filho com uma faca. “A criança não sabia nem o que estava acontecendo”, relatou Arrison.
Relembrando o episódio, Arrison enfatizou a gravidade do ato. Pedro Silva fugiu da prisão, onde estava detido por violência doméstica, e, naquela noite no bairro do Prado, sequestrou os parentes de sua ex-mulher. Ele matou o cunhado, o sargento Galvão, e o próprio filho, Pierre Victor, de apenas 10 anos. Pedro também morreu após confronto com o BOPE, encerrando uma noite que ficará marcada pela brutalidade e pela dor que deixou para trás.