Crise política na Câmara de Maceió se agrava com afastamento de vereador e disputa por posse

30/04/2025 10:31 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



A Câmara Municipal de Maceió enfrenta uma crise política crescente desencadeada pelo afastamento do vereador Siderlane Mendonça (PL) e de servidores ligados ao seu gabinete, em decorrência da Operação Falácia, deflagrada pela Polícia Federal. A operação investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, cumprindo 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares, incluindo o afastamento do vereador e o bloqueio de bens superiores a R$ 200 mil.

O presidente da Câmara, vereador Chico Filho (PL), publicou uma portaria oficializando o afastamento de Mendonça e dos servidores citados na decisão judicial. A medida também proíbe os investigados de acessarem as dependências da Casa e orienta vereadores e servidores a evitarem qualquer contato com eles.

A crise se intensifica com a pressão do suplente Caio Bebeto (PL), que protocolou um pedido de posse imediata, argumentando que a decisão judicial configura vacância do cargo. Contudo, a mesa diretora da Câmara sustenta que, conforme o regimento interno, o afastamento de até 120 dias não exige a convocação de suplente, adiando a posse de Bebeto.

A indefinição sobre a posse imediata pode levar a uma disputa judicial entre Caio Bebeto e a Câmara Municipal, agravando ainda mais o cenário de instabilidade no Legislativo. A situação expõe tensões políticas e levanta questionamentos sobre a governabilidade e a transparência na Casa, enquanto a população de Maceió acompanha os desdobramentos da Operação Falácia e seus impactos na política local.