Contas da Prefeitura de Maribondo está sob risco de bloqueio judicial por dívida de precatórios não pagos
13/05/2025 16:38 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Assessoria

O município de Maribondo, localizado no interior de Alagoas, encontra-se em uma situação financeira crítica com o risco iminente de ter suas contas bancárias bloqueadas pela Justiça. A medida, encaminhada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, é consequência direta do não pagamento de precatórios que venceram em 31 de dezembro de 2024.
A vultosa dívida, que a atual administração afirma ter herdado da gestão anterior, representa uma séria ameaça aos recursos municipais, em especial ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O bloqueio pode ter impactos severos, incluindo a dificuldade ou impossibilidade de pagar os salários dos servidores públicos.
O prefeito Bruno Teixeira, que assumiu o comando do Executivo municipal em 1º de janeiro de 2025, decretou estado de emergência administrativa já em fevereiro, poucas semanas após iniciar seu mandato. Segundo ele, a decisão foi tomada ao constatar a grave situação financeira e administrativa da prefeitura, marcada, de acordo com o gestor, pela falta de transparência e pela ausência de dados essenciais durante o processo de transição.
A nova gestão descreve ter encontrado uma administração municipal desestruturada, sem contratos ativos essenciais para o fornecimento de bens e serviços básicos. Esse cenário comprometeu diretamente áreas fundamentais como saúde, limpeza urbana, conservação de vias e o transporte escolar, serviços essenciais para a população.
Além da falta de contratos, os prédios públicos foram encontrados em estado de deterioração, apresentando problemas como infiltrações, mofo, equipamentos quebrados e infestação por pragas. A prefeitura também acumulava salários atrasados, com destaque para os pagamentos devidos aos aposentados, além de débitos significativos com energia, fornecedores e benefícios sociais.
O não pagamento dos precatórios de 2024 é apontado como um dos principais catalisadores para a atual crise e o risco de bloqueio. De acordo com informações, os pagamentos não foram realizados mesmo após alertas emitidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a necessidade de quitação desses débitos.
Diante do cenário de potencial colapso financeiro, o prefeito Bruno Teixeira afirmou estar buscando todas as alternativas legais disponíveis para tentar evitar o bloqueio das contas e, assim, garantir a continuidade da prestação dos serviços públicos à população de Maribondo.