Caso Gabriel Lincoln: local da morte não tinha câmeras e investigação aguarda laudo sobre arma apreendida

08/05/2025 09:49 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



A Polícia Civil de Alagoas informou, na tarde desta quarta-feira (7), que o local onde o adolescente Gabriel Lincoln, de 16 anos, foi baleado e morto após uma abordagem policial não possui câmeras de videomonitoramento. O fato dificulta o esclarecimento completo das circunstâncias da ocorrência, que vem sendo alvo de ampla repercussão e investigação.

Segundo o delegado Alexandre Leite, da Diretoria de Polícia Judiciária 3 (DPJ3) e membro da comissão formada para apurar o caso, toda a perseguição feita pela guarnição militar foi registrada por câmeras de segurança, com exceção do ponto onde os disparos teriam ocorrido.

“Conseguimos imagem de toda a perseguição, com exceção do local onde o adolescente foi baleado. Não há câmeras em um raio de 300 metros. Então, não foi possível registrar o momento dos supostos disparos”, detalhou o delegado.

Na versão apresentada pelos policiais militares, Gabriel estaria armado e teria atirado contra a guarnição, que revidou os disparos. A arma que estaria com o adolescente foi apreendida e enviada para perícia, que deve indicar se o revólver foi ou não utilizado recentemente e se estava apto para uso.

“A arma que foi encontrada em posse do menor, de acordo com a narrativa da PM, foi encaminhada à perícia. Solicitamos urgência nos exames para obter o resultado o quanto antes”, informou o delegado.

As investigações seguem em curso. Familiares, testemunhas e moradores da região já começaram a ser ouvidos pela Polícia Civil. Os policiais envolvidos na ação deverão prestar depoimento apenas ao final do inquérito.